segunda-feira, 1 de setembro de 2008

sem titulo

Rodopio no ar
como uma bailarina frenética
nas paginas desenhadas
escritas e amassadas....

é preciso fugir

cair do teto, e ir para longe, correndo
pisando no chão
na grama molhada
e mais longe de casa
na estrada de terra com pedregulhos

rodopio no chão como um bebedo
de amor e de palavras
e de um vazio
de uma saudade
de uma saudade insaciável

paro
Fecho minhas mãos
escondo o meu rosto
me viro para trás

e de tanto rodopiar
restou somente poeira

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